A Prefeitura Municipal de Cajazeiras realizou ontem (13) a Roda de Conversa "O 13 de Maio, Desconstruindo a Abolição da Escravatura". O evento foi realizado na sede da Secretaria Municipal de Cultura/Beco da Cultura, Centro. Participaram da roda de conversa Belijane Marques (graduada em Pedagogia, mestre em Educação, doutora em Educação e professora da UFCG), Elis Regina (arquiteta e urbanista, pós-graduada em docência no ensino superior) e Jonas Alexandre (graduado em História, pós-graduado em Cultura afro-brasileira e presidente da Frente Negra Unificada de Cajazeiras). Além da roda da conversa, aconteceram degustação da culinária Afro-Brasileira, exposição de artesanatos culturais, Roda de Capoeira e Trancistas. A realização foi da Gerência Municipal de Igualdade Racial, através da Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres, com apoio da Secretaria de Cultura e Prefeitura Municipal de Cajazeiras. "O evento faz parte das ações efetivas de políticas publicas praticadas na secretaria das mulheres e da gerencia municipal da Igualdade Racial para conscientização da população negra sobre os mitos relacionados ao protagonismo da princesa Isabel e evidência a resistência do povo negro como responsável pela luta que resultou na assinatura da lei, que acabou com a escravidão, mas não tornou a vida das pessoas negras melhor depois disso" Ressaltou a Secretária Rayanne Medeiros. "Desta forma, a desconstrução serve para trazer à tona a memória dos acontecimentos relevantes que levaram ao fim da escravidão no Brasil como as revoltas das senzalas, as rebeliões populares, a pressão dos quilombos e, finalmente, no meio político da época que resultou na Lei Áurea", acrescentou Jusciê Alves, gerente Municipal de Igualdade Racial. O dia 13 de maio tem uma grande importância no Brasil, pois nessa data, em 1888, foi assinada a Lei Áurea, que aboliu a escravidão. Com a assinatura dessa lei, aproximadamente 700 mil escravos foram libertos de sua condição. A abolição da escravatura foi um processo lento e gradual conduzido pelas elites do Brasil de uma maneira conservadora. Os negros libertos não receberam nenhum tipo de auxílio para sua integração na sociedade brasileira.